terça-feira, 29 de novembro de 2011

Assim em traços gerais, diria que

Não gosto de favas, de nabos, de pudim (vá...só do amarelinho). Não gosto de unhas roídas, não gosto de muito calor nem do cheiro da relva acabada de cortar. Não gosto de hipocrisia nem de "fretes sociais". Não gosto nada de sorrisos amarelos, de faltas de educação nem de invasões ao meu espaço. Não gosto de me sentir deprimida, desnorteada, perdida. Não gosto de sentir a dor da perda eminente. Não gosto de sítios com muita gente nem salas de cinema muito cheias. Não gosto que me dêem ordens. Não gosto que não acatem as minhas ordens. Não gosto (eufemismo) de aranhas nem de répteis, a bem dizer, não gosto de bichos. Não gosto de lampreia nem de enguias. Não gosto de gente sonsa e interesseira, de gente mal resolvida, de pessoas de mal com a vida. Não gosto de ter os meus amigos longe.

Gosto de ler, de música e de devorar séries na Tv. Gosto de ronha, de dias de outono, de chá e bolachas no sofá. Gosto do mar, do cheiro a maresia, da explosão das ondas. Gosto de café e de chocolate. Gosto de sorrisos, tímidos ou rasgados, e de olhares expressivos. Gosto muito de sapatos, de lenços e anéis. Gosto do conforto que é amar e ser amada(o). Gosto dos meus amigos, do meu namorado, dos meus pais, da minha avó. Gosto de aletria quente e do cheiro que se entranha pela casa. Gosto de ter saudades. Gosto de recordar, ver fotos antigas, escavar as gavetas à procura não sei bem do quê. Gosto do frio, da lareira e de ouvir a lenha a crepitar. Gosto do Natal, das luzes, da família à mesa, da melancolia de recordar quem já não se senta connosco. Gosto de desafios. Gosto de rir e fazer rir. Gosto de sonhar.