quinta-feira, 29 de julho de 2010

Não sei. Mas hei-de descobrir














porque é que ainda me surpreendo com as pessoas.
Porque é que ainda me decepciono.
Fui aprendendo a "deitar para trás das costas" muitas atitudes e palavras que não caem bem, mas ainda não aprendi (felizmente?) a habituar-me às pessoas mesquinhas, reles, pequenas. Ainda não sei lidar com injustiças no que à amizade diz respeito, com faltas de sensibilidade para com quem nos faz ou fez tanto, com incongruências.
Não sou capaz de engolir sapos e quem me conhece pode confirmar. Já me chateei com amigos por não mandar recados e estou certa que para eles valho mais por ser assim; também já me arrependi de ter dito certas coisas, mas aprendi que há um tempo para tudo e a maneira como se diz pode afectar em muito o que é dito. O que ainda não me ensinaram - e aposto que há para aí tão bom mestre na área - foi a desrespeitar  grosseiramente uma relação, seja ela qual for, e agir como se nada fosse; a magoar, quase gratuitamente, e nem pensar muito nisso.
Não suporto quem manda recados, quem olha de soslaio, quem espera que saiam da sala para soltar a língua, quem tem duas caras - até mais - quem dá indirectas, quem não confronta, quem evita confusões para se armar em vítima. E quando a Lálá diz à Lélé que a Lulu falou mal dela? Works for me, desde que a Lélé confronte a Lulu. Nem que caia molho! Ao menos está esclarecido. 
E são estas merdas que fazem de mim uma descrente nas pessoas. Ou uma crente, muito tansa, de que isto ainda pode mudar.

***
(PS- Não sou mesmo nada perfeita. Mas sou convictamente orgulhosa de ser assim)

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Falta muito para sexta à noite? Hum? Falta?

...

E agora, falta muito?

A Taberna do Félix

É um pequeno paraíso onde ainda ontem comi...









Setas com alho e flor de sal











Queijo de cabra com endívias












Magret de pato com arroz de setas


Tudo regadinho com uma Erdinger geladinha, geladinha...

(Gosto muito de ti, mas gosto mais quando me levas à taberna do felix)
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terça-feira, 27 de julho de 2010

Drogada.

É o que eu sou.
Agora que lhe apanhei o jeito, não largo de fazer conjuntinhos. Ele é fatinhos pipis, arrojados, entediantes, que não lembram a ninguém.. Enfim. É um mundo de opções do qual não me farto. Ligo o PC e pimbas! Vai de sentir o coração a disparar, na ânsia de procurar calças, saias, vestidos, tops, sapatos e malas.
Tá bonito, tá. Com tanto jornalinho para ler e eu de volta destas pinderiquices. Raismaparta.
***

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Pinderiquices

Descobri uma pequena maravilha onde posso conjugar muuuitas peças e fazer umas fatiotas catitas.
Vai daí, resultaram estes dois grandes amores...

                   A                                        B          

Versão A: €280, fora a malinha Fendi cujo preço nem me atrevo a escrever
Versão B: €370, mais a bela clutch por €100.

(Sonhar não custa, tá?!)
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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Hã hã...


I write like
Leo Tolstoy
I Write Like by Mémoires, Mac journal software. Analyze your writing!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Uma mãe chamada Tia Preta

O texto que se segue, pode ser lido, na íntegra, aqui.
É uma história comovente como tantas outras, mas bonita que só ela.

Ontem recebi um telefonema e, do outro lado, uma voz quebrada disse:
- Olá, daqui é a tia preta!
Fiquei contente por a ouvir mas, logo depois, entristeci. Entristeci muito. A tia preta, que lutava há anos contra um cancro na mama, ligou-me para informar que, agora, apareceu-lhe um cancro na cabeça, inoperável. E falou, pela primeira vez, num tom que, sem ser de despedida, era. Doeu-me fundo.
A tia preta não merecia. Não ela. Não sabem que é? Deixo um texto que escrevi sobre ela, para as Selecções do Reader's Digest. A tia preta é boa. Tem um coração enorme. E é completamente estúpido e inútil que morra, assim. Para mim, ela é mais uma das provas de que estamos, sobretudo, nas mãos da sorte. E ela não tem tido sorte.
Hoje estou triste. E ainda com mais medo do que a sorte me/nos reserva. Infelizmente, não basta ser bom para se ser recompensado.


«Tia, vou à cozinha comer cereais, está bem?». Lizete Baessa ainda não tinha acabado de dizer que sim, «claro meu querido», quando outra voz atropelou a primeira: «Tia, ela não me deixa brincar…».
Lizete Baessa tem 57 anos e no seu bairro, em Chelas, ela é a «tia preta». Todos a conhecem assim, todos são seus sobrinhos. A sua casa, o seu T2, que comprou à Câmara Municipal, não é sua, na verdade. É de todos os que queiram entrar. Mas não é só entrar. Não é só entrada por saída. A sua casa está aberta para tudo o que se queira. As crianças são livres de chegar de manhã, de tarde, de noite. De comer, tomar banho, ver televisão, fazer os trabalhos de casa, passar a noite. As crianças podem ter mãe e pai mas são, todas elas, os seus meninos. «São os meus meninos, sim. A partir do momento em que entram em minha casa, os miúdos são meus. Os filhos são deles, dos pais deles, mas os miúdos são meus.» 
(...) todos os miúdos que se sentem ali melhor do que na casa onde vivem os familiares.
E, no entanto, não é bem como quem entra na sua própria casa. Muitos destes miúdos têm tudo para ser problemáticos. Muitos deles nasceram e vivem em famílias disfuncionais. Muitos terão comportamentos agressivos, muitos poderão ser revoltados, muitos serão como um pé-de-vento nas suas casas. Mas nada disso se nota, nada disso se sente na casa da tia preta. Ali há um respeito que é raro. Todos, dos dois aos 17 anos, pedem «por favor», todos dizem «obrigado», «com licença», ninguém levanta a voz. Se a tia preta diz não, é não. Se a tia preta diz sim, é sim. Naquela casa, têm todos uma educação tão esmerada que parecem fazer parte da mais nobre das famílias. O respeito nota-se até no modo como olham Lizete, um misto de ternura, gratidão e deferência.
A partir das cinco da tarde e até à uma da manhã, a casa de Lizete Baessa é uma verdadeira instituição. Os miúdos começam a chegar da escola e vão ficando. Uns lancham, fazem os deveres e vão embora, outros jantam, outros ficam para dormir. Nunca se sabe. Tudo o que ganha vai para esta família alargada. E a vida, ainda por cima, não quis ser meiga para com ela.
Há quatro anos, esta ex-secretária teve de deixar de trabalhar porque teve de ser operada a uns pólipos que lhe apareceram nos intestinos. Ela não sabe se era o corpo a dar o aviso para algo pior. A verdade é que, dois anos depois, estava no duche, a cantar, como sempre, e de repente calou-se. E assim ficou, calada, com três mamas em vez de duas. Lizete soube imediatamente. «Pensei: estou feita. Percebi logo.  E passado muito pouco tempo estava no IPO . Fui muito bem tratada. Estive um ano a fazer sessões de quimioterapia, para o reduzir. Depois fui operada, fiz 36 sessões de radioterapia, e agora continuo com a quimio, duas vezes por mês. Vamos ver… Está estável.»
Quando chegou ao IPO só pediu que não lhe escondessem nada: «Disse: senhor doutor, eu vivo sozinha numa casa cheia de crianças. Preciso de saber o que vai ser de mim, para os poder reunir e explicar.» E assim foi. Nesse dia, há dois anos, reuniu os seus meninos. E colheu reacções fabulosas. A reacção que mais a comoveu foi a dos que fugiram: «Houve um grupo que desapareceu. Disseram: ‘A tia vai morrer. Vamos ficar sem a tia’. E não quiseram esperar para ver. Não quiseram assistir a esse abandono. Foi o modo que tiveram de negar mais um sofrimento, mais uma perda nas suas vidas. Fugiram. Negaram-se a serem deixados. Comoveu-me isto. Mas eu cá continuo! E tenciono continuar!»
Continua e garante que são os seus meninos quem lhe dá força. «Acho que se não os tivesse não estaria aqui, cheia de energia, como se isto do cancro não fosse nada comigo. No dia em que vim do hospital, eles encheram-me a casa, como sempre, e não me deixaram ir à cama. Eles não me deixam parar, sabe minha querida? São a minha alegria. São a minha vida.» 
Eles falam comigo sobre tudo o que querem. Às vezes dizem: ‘Tia, preciso falar-lhe’. E eu só pergunto: ‘A sós ou falamos aqui todos?’ E às vezes eles dizem: ‘Hoje é só com a tia’. E eu oiço, dou conselhos, carinho… o que eles precisam. Sobre os pais não sei nada. Não quero saber. Não sei se ganham 100, 200, não sei nem me interessa se ganham mais do que eu. A mim interessam-me os miúdos. É por eles que eu quero fazer alguma coisa. É a eles que eu quero deitar a mão. Segurar. Ter em casa, debaixo de olho.»
A verdade é que ali estão entre iguais. A verdade é que ali têm regras. Têm alguém que lhes pergunta pela escola, pelos trabalhos de casa, pelos testes. Alguém que puxa as orelhas na hora certa. E aplaude quando deve de ser. Alguém que dá comida e colo e limpa o rabo. «Só gostava de ter uma casa maior, para receber mais meninos, ou os mesmos mas com outras condições. E, claro, se pudesse ter mais vezes carne e peixe para lhes dar…». Lizete não tem ajudas. Ou tem, pouquinhas. «Ainda agora fui fazer um contrato com a EPAL… recebi uma factura muito alta para pagar e tive de combinar um pagamento a prestações…», sorri. «O que é que eu hei-de fazer, minha querida? O que é que eu hei-de fazer?» 
(...) Lizete Baessa é a tia preta. É a mãe (ela que nunca foi mãe de verdade, no sentido de transportar um bebé no ventre), é o pai, é a família que muitos não têm. E que outros têm, mas que só debaixo da sua asa parecem encontrar a paz para poderem aprender a voar.

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Menos um. Ou secalhar não.

Aiiiiiii...
Daqui a nada vou tirar um dos meus pontos (quase) de estimação. Mas só um, que é para não haver desmame total.
Com a comichão que esta bosta me deu, arranhei tudo - na medida do possivel - e até tenho medo do que a médica vai dizer. Já imagino algo do tipo "Pois é, pois é... esgadanhaste esta merda toda e vai daí não só não te tiro o ponto como levas outro de recuerdo. Hum? Que tal?"
E eu, mariquinhas como sou, já me vejo a lacrimejar mal a tesoura se aproxime.
Sou uma triste. Pffff.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Tenho um dói-dói

... e há alturas em que, de facto, dói.
São só 3. Três pequenos pontinhos, ali quase quase no meio dos costados, que me estão a f**** a cabeça. É que é uma comichão medonha, meninos. Medonha! Basta ter uma linha enfiada pele "adentro" para perceber que está tudo ligado, ou caraças. A pessoa estica um bocado mais o braço e pumbas! Toma lá uma dorzinha que é para não saíres do ritmo.
E vai ser assim por 15 dias. Nada de levantar pesos, fazer esforços ou movimentos bruscos. Nada de água no lombo. Nada de praia, nem nos 15 dias a seguir aos 15 dias. Uma alegria pegada.

Aposto que a alma que estiver a ler isto se está a roer de inveja. 
Ou não.

***

quinta-feira, 1 de julho de 2010