quarta-feira, 24 de junho de 2009

Keyword: facilitismo

A mim parece-me que tudo o que dá muito trabalho, não interessa. O facilitismo rege os nossos dias numa série de campos: seja no trabalho, nas relações, nas tarefas mais básicas. E é com algum desagrado que me apercebo que essa tendência é usada como desculpa para justificar a sociedade em que vivemos. Isto até pode não fazer sentido para quem está a ler, mas para mim a linha entre "simplificar" e "cair no erro de não tentar" é ténue. Ora vejamos: o melhor exemplo que agora me vem à ideia são as relações amorosas. Já nem há tempo para isso. Tempo até há, não há é tempo a perder. E para quê? O que para aí não falta é solteiro e solteira a querer o mesmo que cada um de nós: uma relação sem grande "espiga" (aliás..relação é uma palavra forte..),dar umas voltas, se der deu..se não der, paciência. E é a isto que sabem os novos tempos! E atenção que não me queixo do sabor, mas pergunto-me se o tempero não poderia ser outro... Os meus dias mandam em mim. Só faço o que o dia me permite, só vou onde tiver tempo para ir. E por isso, não há tempo para apostar numa relação séria. Tudo o que exige dedicação e esforço, que exige que prescinda do MEU tempo, tem de ser adiado. E por uns tempos, nem notamos... até ao dia em que inevitavelmente cai a ficha. O tempo só permite uns quantos adiamentos por cabeça! E parece que vamos esgotando o nosso crédito..

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Estou frustrada, decepcionada, ligeiramente triste. Frustrada e decepcionada também, não sei se já tinha referido... e ligeiramente triste. A pessoa cria expectativas e alimenta a esperança para quê? depois vem a Media Capital e estilhaça o coração dos pobres estagiários. Nos contos de fadas, há a princesa e a bruxa. Nos tempos que correm, há os licenciados e os grandes grupos económicos. "Espelho meu, espelho meu..o próximo a ir pra rua sou eu?" Para hoje, fica o vídeo. Acho que diz tudo...

terça-feira, 16 de junho de 2009

Marcha Mundial pela Paz

A marcha mundial pela paz é um projecto verdadeiramente apaixonante. Vai percorrer um total de 98 países, de 2 de Outubro a 2 de Janeiro de 2010, e conta até agora com mais de um milhão de participantes inscritos e cerca de 10 milhões de participantes virtuais. Parte da Nova Zelândia, dos pés da estátua de Gandhi, e termina na Argentina. O objectivo maior é chamar a atenção (o ideal talvez fosse prender a atenção) para a questão do armamento mundial. Confesso que eu mesma não fazia ideia de quão poderosa é esta indústria... é ou não lamentável que com apenas 10% do orçamento mundial para armamento seja possível alterar as condições económicas de todo o planeta? Parece ridiculo. Assim, até os 96 milhões pelo Ronaldo parecem trocos... Bem, mas com isto tudo o que eu quero dizer é que, se pensarmos bem, uma marcha que atravessa todos os continentes há-de causar algum impacto..não? Não vai certamente resolver a questão, não vai parar a produção desenfreada de armas e também não vai espetar com um cravo na ponta de cada G3. Mas vai servir para os governos perceberem que há quem esteja disposto a literalmente correr o mundo para mudar a realidade tal como a temos vindo a conhecer. E isso vale o que vale. Não se quer uma sociedade utópica, quer-se um mundo desejável. Por cá a marcha não passa (surpresa!). Mas os amigos galegos (que também foram deixados de fora no percurso espanhol) juntaram-se aos tugas e vão fazer a rota "Galiza-Portugal" que sai de Finisterra e acaba em Lisboa, onde se vai juntar à marcha vinda do sul e, por sua vez, vão ambas seguir para Toledo e juntar-se à rota mundial. É em Novembro. Não se espera que todos os participantes façam a totalidade do percurso. A ideia é ir passando o testemunho de cidade em cidade ou, para os mais resistentes, de país em país. Passem pelo site e vejam melhor: http://www.marchamundialpt.org/

Filha primogénita

Tarde, mas foi. Ou melhor, está a ser. Demorei imenso tempo a decidir-me por um título para o meu primeiro blogue, depois demorei outras tantas horas a pensar em detalhes, enfim... só depois dei por mim a pensar que entre tanto blogue no mundo cibernético, poucas serão as almas que vão ler este. Portanto, mais ou menos apelativo, lá me decidi por um título que a mim me diz muito... afinal, eu ainda sou daquelas que acha que andamos aqui só de passagem num veiculo alugado e, mais cedo ou mais tarde, lá terá de ser devolvido à empresa de rent a car. Quem é concretamente é que eu não sei... mas isso é título para outra mensagem. E eis que aqui está ela: a minha primeira publicação. Que orgulho. Foi um trabalho árduo, coisa para me ter tirado uns 7 minutos. Foram 7 minutos a menos do Dr House. Mas valeu a pena.